Total de visualizações de página

domingo, 7 de dezembro de 2008

SOBRE BICHOS DO MATO







“Há praga de porcos do mato (cateto), arrasam plantações de milho e dobram a cada ano”.Duas crias por ano, dizem os ribeirinhos e por não possuírem predadores naturais (Onça), crescem e se alimentam fartamente dos milharais, numa cena inusitada e surrealista. Há caçadores e de certa forma o IBAMA tampa os olhos para os mesmos, que suporta esta nova “cadeia alimentar”, que por mais cruel que pareça, acaba por controlar a proliferação dos tais “porcos do mato”. Evidentemente que matar animais não é o certo, até porque não foram eles que fizeram o descontrole ambiental, mas que algo deve ser feito, isto deve! Seria estúpido não encaramos esta situação de forma ecologicamente correta, sem termos em conta que existe uma alteração à ordem natural das coisas. Não há forma alguma de ser feito algo para esta situação sem ouvirmos os moradores locais e tirarmos deles as soluções ambientais para a região.

Tem muito gavião (nunca vi tanto junto – uns 10 cada bando): ficam à espreita do movimento de cobras, lagartos e codornas, quando a terra é revirada pelos tratores – é pura festa – E lá vão eles em vôos rasantes se fartar. Aqui a inércia em alguns momentos garante a vida.
As Emas são graciosas e charmosas. Desfilam esbeltas na planície extensa.
As Seriemas encaloradas se escondem sobre os galhos e descansam sobre as poucas árvores. Olham-me assustadas com o bico aberto e cara de eterno espanto.
Eta bicho espantado! – talvez dissesse Manoel de Barros.
Onças têm. Todo mundo fala, mas comem bezerros é mais fácil que os catetos.
Canário, João de Barro e um mundo de pássaros que voam sobre mim e em mim.

Nenhum comentário: